O momento tão esperado para conhecer a África do Sul enfim chegou.
Eu estava esperando meus filhos completarem a idade “mínima” para fazer os Safáris na Savana Africana.
Praticamente nenhum parque nacional ou privado aceita crianças menores de 6 anos, pois é necessário muito silêncio, atenção, paciência, e permanecer sentado praticamente na mesma posição por aproximadamente 3 horas em cada safári, normalmente é feito 2 safáris por dia.
Dito isso, acredito que está explicado o porquê é necessário uma idade mínima para a participação dos pequenos.
Mas, é possível sim, você se hospedar em um hotel de safári com crianças menores, é feito um safári diferente, adaptado para famílias com crianças pequenas, com um tempo de duração menor e um trajeto mais próximo dos alojamentos (lodges).
Vale lembrar que cada safári é uma caixinha de surpresas, você está em meio a natureza e nem sempre você vai conseguir ver todos os animais que deseja, portanto, esteja consciente!
Esse primeiro post será dedicado à Cidade do Cabo, ou Cape Town, que foi a cidade que escolhemos para começar nossa viagem.
Voamos com a Latam para Joanesburgo, aproximadamente 10 horas de voo, trocamos de avião e seguimos para a Cidade do Cabo, mais 3 horas 30 minutos aproximadamente.
Ficamos hospedados no Radisson Red, por 5 noites, super bem localizado e moderno, na região de Victoria and Alfred Waterfront, as janelas do nosso quarto eram com vista para o cartão postal da cidade, a Table Mountain.
A região de Victoria and Alfred Waterfront, que ficamos hospedados, tem de TUDO e mais um pouco, tem uma Marina com dezenas de restaurantes ao seu redor, shopping center, mercadão, lojas de souvenirs, uma roda gigante com vista para toda a cidade, música e shows no meio das calçadas, e uma vista incrível.
O primeiro dia já estava programado para subir a Table Mountain, aqui vai uma dica: se a intenção for subir no topo da Table Mountain, coloque-a como prioridade, pois ela só abre se às condições climáticas estiverem favoráveis, o clima muda muito no decorrer do dia, dessa forma colocamos ela logo no primeiro dia, pois se não desse certo, teríamos mais 3 dias de tentativas. Deu certo!!!!
Subimos e descemos de bondinho, mas é possível subir a pé por meio de trilhas. Como estávamos com crianças, optamos pelo bondinho. A fila estava enoooooorme, mas muito organizada e valeu muito a pena o tempo de espera.
Quase em toda África do Sul, mesmo no verão, venta muito, então é legal ter sempre uma jaqueta “Corta Vento”, mesmo no calor, protege do vento forte e gelado, que chega de repente em alguns períodos do dia. Ela é prática, bem leve, fácil de carregar e você pode colocar e tirar a qualquer momento.
Já no topo da Table Mountain, você pode optar em fazer 3 trilhas guiadas, ou andar nela por conta própria, pelo tempo que quiser, não tem segredo.
No dia seguinte, saímos para passear com nossa van alugada, estávamos em 4 adultos e 4 crianças. Não foi tão simples sair dirigindo na mão inglesa, mas… depois de uma semana, o Daniel, meu marido, já estava “fera” no volante.
A primeira parada foi na vinícola Klein Constantia, muito famosa pelo seu vinho de sobremesa - Vin de Constance - desde 1685, mais de 300 anos de história, é um vinho maravilhoso e para quem gosta, vale muito a pena trazer uma garrafa para o Brasil.
Na sequência, seguimos para a praia de Muizemberg, somente uma parada para fotos, é a praia onde tem dezenas de casinhas coloridas, chamadas de “bathing houses”, usadas antigamente para os surfistas trocarem de roupa, hoje elas não são mais usadas para esse fim, somente para compor a paisagem e a história do lugar.
A praia é muito procurada por surfistas, e fique atento caso queira entrar no mar, veja as placas antes de se aventurar, pois a região é monitorada e envia alertas devido ao aparecimento constante de tubarões.
A próxima parada foi em Simon´s Town, na praia de Bolder Beach, que abriga a maior colônia de pinguins, eu nunca tinha visto um pinguim tão perto em seu habitat natural. Você paga uma taxa de preservação para entrar nessa praia e pode observar inúmeros pinguins.
E por fim, nossa última parada do dia, foi no Cabo da Boa Esperança, chamado também de Cabo das Tormentas, é surreal a ventania e velocidade das ondas batendo nas rochas, o lugar recebeu esse “apelido” devido a dezenas de embarcações que eram destruídas pela força do vento, que as arremessava contra as pedras quando chegavam muito próximas da costa.
Muitos dizem que é o ponto “final” do continente, mas na verdade o ponto que está localizado no extremo sul, fica em outra região, a cerca de 300 quilômetros do cabo da boa esperança, o Cabo das Agulhas.
Mais um dia começando e ainda muito para se explorar, visitamos o Jardim Botânico - Kirstenbosch - lindíssimo, mesmo se você não é fã de carteirinha de Jardim Botânico, esse vale muito a pena conhecer, é bem diferente, muito bonito e imenso, pegue um mapa e circule os principais pontos que queira ver, muitas pessoas fazem piquenique por lá, tem também um restaurante, onde fizemos a parada para o almoço.
Uma das coisas que mais gostei foi a passarela construída na copa das árvores!
O passeio pela estrada Chapman’s Peak Drive, passando por Camps Bay, Cliffon e Sea Point é muito bonito, tem vários locais para explorar, restaurantes, lojas e também muitos mirantes, é possível avistar de vários pontos o famoso DOZE APÓSTOLOS, elevações rochosas que fazem parte da Table Mountain e que dependendo do ângulo que você vê, parece a face de 12 pessoas.
Confesso que a Cidade do Cabo me surpreendeu, sabe aquele lugar que tem de tudo um pouco? É um lugar que agrada todas pessoas. Se você gosta do contato com a natureza, você tem. Se gosta de cidade agitada com diversas opções de restaurantes, bares e lojas, tem também. Imersão em cultura e história, é aqui!!!!!
Um lugar hospitaleiro com pessoas que gostam de receber seus visitantes com alegria e entusiasmo. Sim, a Cidade do Cabo é assim.
Preciso citar que fiquei apaixonado pelo “mercado natureba” Wool Worths, essa rede está espalhada por todos os lugares, não deixem de provar o Golden Latte (um chá com especiarias, cúrcuma, gengibre e canela) e o sanduíche aberto de atum fresco. Sério, só de lembrar e dá água na boca.
Além de tudo isso que eu citei, a cidade fica há poucos quilômetros de uma região belíssima e repleta de vinícolas, que compreende as cidades de Stellenbosch, Franschhoek e Paarl, só não conseguimos visitar esta última que citei.
É uma vinícola mais bonita que a outra, difícil escolher. Quero destacar em Stellenbosch a vinícola Delaire Graff, que inclusive fizemos uma parada para almoço, e que almoço!!!!!!!! Uma mesa ao ar livre, embaixo das árvores e uma vista maravilhosa para apreciar enquanto se faz a refeição.
Depois do almoço seguimos rumo a Franschhoek e ficamos hospedados por 02 noites. Na verdade não há necessidade de trocar de cidade, porque são bem próximas (40 minutos de carro), mas eu queria passar o ano novo em um lugar diferente, cercada pela natureza e tranquilidade.
Visitamos também:
A Vinícola La Motte
A Vinícola Grande Provence
E uma cervejaria, Franscchohoek Beer e Co
Gostei muito dessa região e com certeza é um lugar que eu voltaria.
No próximo post vou contar um pouco da nossa travessia pela Garden Route, ou Rota Jardim. Não deixe de visitar a página!
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